sábado, 29 de março de 2008

Um escritor brilhante e inovador


Ubiratan Brasil
O Estado de São Paulo - 19/06/2004

Em uma entrevista a um jornal argentino em 1999, Chico Buarque de Holanda confessou que se achava mais inovador em sua literatura que nas letras de suas canções. E, se assim acreditava, era para reforçar também a influência literária que sempre marcou suas histórias em livros. Foi assim, por exemplo, com a história infantil “Chapeuzinho Amarelo” (1979), surgida a partir das fábulas que contava para a filha Luisa. Ou ainda em “Fazenda Modelo” (1974), que imediatamente remete a “Revolução dos Bichos”, de George Orwell, mote escolhido para revelar e criticar a difícil situação vivida então pela sociedade brasileira, tolhida por uma ditadura militar.

O grande passo de Chico Buarque, porém, foi dado com “Estorvo”, publicado em 1991, em que o próprio autor considera a virada para a maturidade literária. Trata-se de uma nova fase de sua escrita, em que ele busca alternativas para expressar seu pensamento. Conta, basicamente, a trajetória de um homem que não se sente bem em nenhum ambiente onde está.

“Estorvo é um livro brilhante, escrito com engenho e mão leve”, observou o ensaísta e professor Roberto Schwarz, autor do artigo “Um Romance de Chico Buarque”, que figura no livro de ensaios “Seqüências Brasileiras” (Companhia das Letras). “Em poucas linhas, o leitor sabe que está diante da lógica de uma forma.”

Segundo Schwarz, o grande achado do autor é construir uma narrativa que corre no ritmo acelerado (na primeira pessoa e no presente), ao mesmo tempo em que busca ser despretensiosa. “A expressão simples faz parte de situações mais sutis e complexas do que ela”, afirma ele, que considera o livro uma forte metáfora que Chico Buarque escreveu para o Brasil contemporâneo.

O mesmo tema (um homem que não se sente bem em seu meio) foi retomado com “Benjamim” (1995). Novamente, Chico Buarque fez da própria escrita o seu material, criando uma intrincada estrutura da narrativa, em que uma história é contada simultaneamente no presente e no passado.

Trata-se da história de um homem, Benjamim, que descobre em uma bela jovem, Ariela, os mesmos traços de uma mulher que o deixou apaixonado nos anos 1960, a rica Castana Beatriz. As duas épocas se cruzam ao longo da narrativa, criando um quebra-cabeça em que cada nova peça acaba negando o dado anterior - o presente e o passado correm em paralelo.

A linguagem é cinematográfica e o próprio autor, na época do lançamento, reconheceu uma certa influência da nouvelle vague na forma de narrar. Mesmo assim, parte da crítica não se sentiu seduzida pelo jogo proposto por Chico Buarque e considerou “Benjamim” sua obra menor. Fantasma - O habilidoso jogo de palavras voltou no ano passado, com a publicação de “Budapeste”. É a história de um ghost-writer, ou seja, alguém que escreve o que outras pessoas assinam, artigos para jornal, autobiografias e até poesia. Um autor anônimo, porém, brilhante. José Costa é o ghost-writer que, certo dia, é convidado a comparecer, em Melbourne, na Austrália, a um congresso internacional de escritores anônimos. Por conta de problemas no vôo, fica retido em Budapeste. A capital da Hungria o fascina, especialmente a língua. Lá, começa a perder a própria identidade ao imaginar ter perdido o sotaque, transformando-se em Zsoze Kósta. Novamente, Chico Buarque volta a brincar com as palavras e, ao utilizar um personagem que vive da escrita, faz com que “Budapeste” se transforme em seu texto mais autoral.

sexta-feira, 28 de março de 2008

HUMOR

Um milionário dando uma festa em casa anuncia que ofertará qualquer coisa a quem atravessar a piscina nadando. Só há um porém: ela está cheia de tubarões.
Tibum! Lá se vai um homem nadando furiosamente pela piscina. Barbatanas cortam a água, bocas se abrem. Quando parece que ele vai se tornar comida de peixe, o rapaz consegue sair ileso.
- Sou homem de palavra – diz o milionário. - E você é o sujeito mais corajoso que conheço. Então, o que deseja?
Olhando a multidão, o nadador responde:
- Eu quero que o senhor identifique o imbecil que me empurrou!


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Jorge fechou o bar e foi para casa. Já dormia quando o telefone tocou.
- A que horas vocês abrem amanhã? – perguntou um homem visivelmente bêbado.
Enfurecido, Jorge bateu o telefone e voltou a dormir. Mas o sujeito, insistente, telefonou novamente.
- É melhor você parar de ligar – gritou Jorge. - Não tem nem chance de eu deixar um bêbado como você entrar no meu bar, ainda mais a esta hora!
- Eu não quero entrar – respondeu o homem. - Quero sair!

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Um músico indigente estava na esquina tocando violão. Depois de mais ou menos uma hora, um policial se aproximou dele e pediu-lhe que mostrasse a carteira de identidade.
O músico admitiu não ter.
- Certo – disse o policial. - Então você vai ter de me acompanhar.
- Tudo bem – respondeu o músico. - O que você quer cantar?

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Por que muitas pessoas cortam o número 7 ao escrevê-lo? Você sabe? O motivo é este:
Estava toda a multidão aos pés do Monte Sinai para ouvir os 10 mandamentos proclamados por Moisés, que, quando chegou ao 7º mandamento, disse em alto e bom som:
- Não cobiçarás a mulher do próximo!
A multidão enlouquecida gritou:
- Corta o sete! Corta o sete!

terça-feira, 25 de março de 2008

segunda-feira, 24 de março de 2008

Saúde Pública no Brasil


Expressões Populares - significado e histórico

CONTO DO VIGÁRIO

Significado: Sinônimo de falcatrua e malandragem.

Histórico: Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro.

DOURAR A PÍLULA

Significado: Melhorar a aparência de algo.

Histórico: Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar os aspecto do remedinho amargo.

ABRAÇO DE TAMANDUÁ

Significado: Deslealdade, traição

Histórico: Para capturar sua presa, o tamanduá se deita de barriga para cima e abraça seu inimigo. O desafeto é então esmagado pela força.

O CANTO DO CISNE

Significado: Representa as últimas realizações de alguém.

Histórico: Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer.

ESTÔMAGO DE AVESTRUZ

Significado: Quem come de tudo.

Histórico: O estômago do avestruz é dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até metais.

LÁGRIMAS DE CROCODILO

Significado: É uma expressão usada para se referir ao choro fingido.

Histórico: O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.

Fonte: http://www.suigeneris.pro.br, temporariamente fora do ar.