sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

POR QUEM MEUS FILHOS TORCEM

Jornal A Tarde – 17/Outubro/2005
Luiz Botelho



Por influência do meu pai e dos meus irmãos mais velhos, sou torcedor do Bahia desde pequenininho. A partir dos meus 15 anos, quando a Fonte Nova foi ampliada e reinaugurada em 1971, comecei a acompanhar os jogos do Bahia diretamente do Estádio, o que só fez crescer em mim essa paixão pelo Tricolor de Aço, tantos momentos bons passei ali.

Porém, na década de 80, quando eu me casei e meus três filhos nasceram, aos poucos, fui dividindo essa paixão por meu clube com a minha nova família e, quando me dei conta, me vi afastado da Fonte Nova, principalmente quando me mudei para um bairro distante do estádio, em 1984.

Mesmo assim, tentei de todas as formas influenciar meus filhos a torcerem pelo Bahia, mas, infelizmente, não obtive êxito. Meu filho mais velho (que chegou a ser mascote do Bahia) e minha filha do meio tornaram-se torcedores do Vitória, provavelmente motivados pela pequena supremacia regional e um relativo sucesso nacional, com a conquista de um vice-campeonato brasileiro, justamente quando eles tinham uma idade que já não pegava bem ficar “virando folha”.

A minha filha caçula é a única que hoje em dia, moderadamente, ainda torce pelo Bahia, embora, há alguns anos atrás, após o Tricolor sofrer mais uma goleada do Vitória no Barradão, e não suportando mais as gozações dos irmãos mais velhos, ela tenha me dito: - Pai, eu torço pelo Bahia, mas quando eu crescer vou torcer pelo Vitória, viu?

Espero que ela tão cedo não perceba que já cresceu!

Um comentário:

Romyna Lanza disse...

Luiz, você é uma péssima influência para seus filhos. E seus têm um péssimo gosto pelo futebol. Vou ter uma conversa séria com eles sobre um certo FLAMENGO, o único time que mereceu cada um dos cinco títulos dos Campeonatos Brasileiros que disputou.